PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM
2022 COIMBRA
ENTRADA GRATUITA
13 SET—6 NOV
EXPOSIÇÕES
SALA DA CIDADE
CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA
TER A SÁB
13H00—18H00
Ø DOM, SEG E FER
VISITA COMENTADA
17 SET 15H30
COM JAMES NACHTWEY
13 SET—6 NOV
JAMES NACHTWEY
OS INSUBMISSOS
OS INSUBMISSOS
JAMES NACHTWEY Desde 1981, James
Nachtwey tem dedicado a sua carreira a
documentar guerras, conflitos e temas sociais
por todo o mundo. Tem sido amplamente
premiado pelo seu trabalho de jornalismo,
mas também pelos seus contributos nos
domínios artístico e humanitário. Contam-se,
entre os prémios, o Dan David, em 2003, o
prémio da Fundação Heinz Family para as
artes e o TED, ambos em 2007. Em 2012 foi
galardoado com o prémio Dresden pela
promoção da paz mundial. Nachtwey foi
também distinguido em 2016 com o prémio
Princesa das Astúrias. Ganhou, por cinco vezes,
a Medalha de Ouro Robert Capa por coragem
e iniciativa excepcionais e foi oito vezes eleito
Magazine Photographer of the Year. Recebeu
ainda quatro doutoramentos honoris causa
de universidades norte-americanas, incluindo
do Dartmouth College, que recentemente
adquiriu todo o arquivo do seu trabalho.
Além das inúmeras exposições individuais
um pouco por todo o mundo, as fotografias
de Nachtwey podem ser vistas nas colecções
permanentes dos principais museus e
instituições culturais, entre os quais, o MoMa,
o Museu Whitney de Arte Americana, o Museu
de Arte Moderna de São Francisco, o Museu de
Belas Artes de Boston, a Biblioteca Nacional da
França, o Centro Pompidou e o Museu Getty.
A vida e obra de James Nachtwey está
documentada em War Photographer,
uma longa metragem de 2001 nomeada para
um Óscar. Publicou também Deeds of War e
Inferno.
A invasão da Ucrânia tem sido descrita como a primeira guerra das redes sociais, e um aspecto fundamental da liderança do presidente Volodymyr Zelensky tem sido a sua capacidade de reunir o seu país e grande parte do mundo por via do Facebook, Telegram, TikTok e Twitter. Ao mesmo tempo, fotógrafos de guerra em Bucha, Irpin e noutros locais têm reportado aquilo que Vladimir Putin insiste que o povo russo chame de «operação militar especial». Depois de um dia cansativo na Ucrânia,
Nachtwey enviou este texto pouco antes de dormir: «A barbárie e a insensatez do ataque russo são inacreditáveis,
mesmo quando eu vejo com os meus próprios olhos. O bombardeamento de residências civis, os disparos dos tanques à
queima-roupa sobre casas e hospitais, o assassínio de não-combatentes em áreas ocupadas militarmente, fazem parte das
tácticas usadas numa guerra que foi desencadeada sobre um estado soberano vizinho e não ameaçador... Pessoas
“comuns” continuam a demonstrar uma coragem e determinação extraordinárias, se não mesmo teimosia, diante da
imensa perda de vidas e destruição.» A recusa de Nachtwey em desviar o olhar dos verdadeiros custos do conflito
posiciona-se numa missão maior: impedir que o mundo o faça.
GALERIA PINHO DINIS
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
ATÉ 15 SET
10H00—18H30
16 SET—6 NOV
SEG A SEX 09H00—19H30
SÁB 11H00—13H00 / 14H00—19H00
Ø DOM E FER
VISITA COMENTADA
14 SET 17H30
COM DAVID FURST /
LUÍS VASCONCELOS
13 SET—6 NOV
EVGENIY MALOLETKA / MSTYSLAV CHERNOV
CERCO A MARIUPOL
CERCO A MARIUPOL
EXPOSIÇÃO PRODUZIDA COM O APOIO DA THE ASSOCIATED PRESS [AP]
© EVGENIY MALOLETKA Jornalista e fotógrafo
ucraniano. O seu trabalho foi publicado em
vários meios de comunicação proeminentes:
TIME, The New York Times, The Washington
Post, Der Spiegel, Newsweek, The Independent,
El Pais, The Guardian, The Telegraph e outros.
Em 2015, foi seleccionado para participar no
Eddie Adams Workshop em Nova Iorque.
Maloletka tem passado a maior parte do
tempo no Leste da Ucrânia a trabalhar para
a Associated Press, contribuindo igualmente
com imagens filmadas. As suas imagens foram
já amplamente difundidas na BBC, Euronews,
NBC e noutros canais internacionais.
MSTYSLAV CHERNOV Jornalista visual ucraniano multipremiado e autor do romance Dreamtime. Chernov trabalhou extensivamente no Leste da Ucrânia enquanto jornalista da The Associated Press, produzindo sobretudo conteúdos em vídeo. As suas filmagens foram amplamente divulgadas na BBC, Euronews, NBC e noutras estações de televisão internacionais. Nos últimos 8 anos, inicialmente como freelancer e depois como jornalista da The Associated Press, tem feito reportagem na Ucrânia, Iraque, Síria, Gaza e um pouco por toda a Europa. Chernov também dá aulas e é criador de programas educacionais sobre Fotografia Documental e Videografia.
MSTYSLAV CHERNOV Jornalista visual ucraniano multipremiado e autor do romance Dreamtime. Chernov trabalhou extensivamente no Leste da Ucrânia enquanto jornalista da The Associated Press, produzindo sobretudo conteúdos em vídeo. As suas filmagens foram amplamente divulgadas na BBC, Euronews, NBC e noutras estações de televisão internacionais. Nos últimos 8 anos, inicialmente como freelancer e depois como jornalista da The Associated Press, tem feito reportagem na Ucrânia, Iraque, Síria, Gaza e um pouco por toda a Europa. Chernov também dá aulas e é criador de programas educacionais sobre Fotografia Documental e Videografia.
Se não fossem as fotografias do jornalista Evgeniy Maloletka durante o cerco à cidade de Mariupol, o mundo nunca poderia
ter conhecido o que ali acontecia em tempo real, nem saber dos detalhes irrefutáveis e aterradores do que ali se passava.
Durante semanas, Maloletka e o seu colega Mstyslav Chernov, repórter de vídeo, documentaram a destruição do porto
marítimo no sul de Mariupol enquanto as forças russas cercavam a cidade e enclausuravam os seus residentes. Estes dois
jornalistas reportaram as valas comuns cheias de corpos de crianças, os gestos desesperados de sobrevivência de uma
população faminta e a destruição de uma maternidade.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, afirmou que o hospital bombardeado pelas forças russas se
encontrava já esvaziado de todos os pacientes e médicos - porém esta narrativa é refutada pela foto de Maloletka, tirada a 9
de Março, onde se podem ver médicos carregando uma mulher grávida ensanguentada para fora desse mesmo hospital. No
dia seguinte, a imagem foi publicada na primeira página de quase todos os principais jornais do mundo. Publicaram ainda
vários relatos da devastação de Mariupol, incluindo detalhes chocantes das mortes de crianças atingidas por estilhaços e
também de como as pessoas tentaram contornar o corte de abastecimento de água derretendo bocados de neve.
Estas histórias vieram contradizer as alegações do Kremlin de que as suas forças não atacavam alvos civis.
Mariupol sofreu alguns dos bombardeamentos mais devastadores desde o início da guerra, a 24 de Fevereiro. Milhares de
pessoas morreram. Chernov e Maloletka acabaram por escapar de Mariupol num Hyundai com uma família de três pessoas,
depois de passar por 15 postos de controlo russos ao longo de uma fila de automóveis que se estendia por cinco quilómetros.
Aproximadamente 30 000 pessoas conseguiram sair da cidade nesse mesmo dia. «Fomos os últimos jornalistas em Mariupol»,
diz-nos Chernov, «agora não há nenhum».
MUSEU MUNICIPAL DE COIMBRA
EDIFÍCIO CHIADO
TER A SEX
10H00—18H00
SÁB E DOM
10H00—13H00 / 14H00—18H00
Ø SEG E FER
VISITA COMENTADA
17 SET 16H30
COM DANIEL BEREHULAK
13 SET—6 NOV
DANIEL BEREHULAK
O INVERNO VERMELHO DE BUCHA
O INVERNO VERMELHO DE BUCHA
DANIEL BEREHULAK Fotojornalista premiado e
residente na Cidade do México.
Nascido no seio de uma família de
refugiados ucranianos, Berehulak cresceu
numa quinta nos arredores de Sydney,
na Austrália. Em 2002, começou a trabalhar
como freelancer para a Getty Images em
Sydney, fotografando sobretudo eventos
desportivos. Esteve em mais de 60 países
para cobrir alguns dos momentos fulcrais
da história recente, tais como a guerra no
Iraque, o julgamento de Saddam Hussein,
as eleições na Índia e no Afeganistão, e o
regresso de Benazir Bhutto ao Paquistão.
Documentou também os difíceis rescaldos
do grande tsunami no Japão e do desastre
de Chernobyl. O seu trabalho tem sido
amplamente reconhecido, contando já com
dois prémios Pulitzer, seis prémios World
Press Photo, dois prémios de Fotografia do
Ano pela Pictures of the Year International,
bem como os prestigiados prémios John
Faber, Olivier Rebbot e Feature Photography
pelo Overseas Press Club. Colabora
regularmente com o The New York Times e é
membro da agência MAPS.
Daniel Berehulak passou várias semanas a documentar crimes de guerra em Bucha, um subúrbio perto de Kiev ocupado por
tropas russas durante várias semanas. Aqui, e perante a resistência cerrada dos soldados e voluntários ucranianos, o exército
russo enveredou por uma campanha de terror e vingança.
Mais tarde, após o recuo do exército russo já desmoralizado e derrotado, todo um cenário de terror e de desolação começa
a desvelar-se: corpos de civis espalhados pelas ruas, nos quintais, em porões, em salas de estar. Alguns com tiros na cabeça,
outros com as mãos amarradas às costas; os sinais de tortura nem sempre eram evidentes, nem tão-pouco as cicatrizes deixadas
naqueles que sobreviveram.
Este projecto documenta as consequências de um mês de terror em Bucha. Ainda assim, a morte e a destruição não foi o pior
que os ocupantes russos deixaram para trás.
CAFÉ
TEATRO ACADÉMICO
DE GIL VICENTE
TODOS OS DIAS
14H00—24H00
VISITA COMENTADA
16 SET 18H30
COM DAVID FURST /
LUÍS VASCONCELOS
13 SET—6 NOV
MAXIM DONDYUK / OLEKSANDR RATUSHNIAK /
ALEXEY FURMAN / OLEG PEREVERZEV /
VLADYSLAV MUSIIENKO / ROMAN PILIPEY /
STANISLAV KOZLIUK / MIKHAIL PALINCHAK /
YURKO DYACHYSHYN / SERGEI CHUZAVKOV /
IVAN ALVARADO / ANASTASIA VLASOVA /
ALINA SMUTKO / GLEB GARANICH
ÊXODO
ÊXODO
FOTOGRAFIAS GENTILMENTE CEDIDAS PELOS FOTÓGRAFOS E PELAS AGÊNCIAS REUTERS, EPA, AFP E SUSPILNE UKRAINE
Em cinco meses desde o início da invasão na Ucrânia, quase um terço da população deste país foi forçada a deixar as suas
casas. Estima-se que cerca de 7 milhões de pessoas estejam deslocadas dentro do país, um problema que persistirá por muito
tempo após o fim da guerra. Saíram de cidades e vilas no Leste da Ucrânia em comboios e autocarros, fugindo para a relativa
segurança do oeste e da capital no norte, Kiev. Alguns partiram em caravanas humanitárias, percorrendo estradas traiçoeiras
sob a ameaça de tiros ou bombardeamentos. Outros saíram a pé, para salvarem as suas vidas. Em muitos casos, levavam
apenas os seus documentos e um punhado de pertences, pensando que voltariam em breve. Agora, muitos começam a temer
não poder voltar, talvez para nunca mais.
GALERIA PINHO DINIS
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
13—15 SET
SEG A SEX 10H00—18H30
16 SET—6 NOV
SEG A SEX 09H00—19H30
SÁB / 11H00—13H00 / 14H00—19H00
Ø DOM E FER
VISITA COMENTADA
14 SET 17H30
COM DAVID FURST /
LUÍS VASCONCELOS
13 SET—6 NOV
DMYTRO KOZATSKYI
O ÚLTIMO REDUTO
O ÚLTIMO REDUTO
DMYTRO OLEKSANDROVYCH KOZATSKYI (também conhecido como Orest) é um
fotógrafo-soldado ucraniano do Regimento
Azov da guarda nacional da Ucrânia. É
natural da cidade de Malyn, na região de
Zhytomyrska, e tem 26 anos. Em 2014,
deixou o ensino médio de tecnologias da
informação em Ryashev, na Polónia, para
se juntar ao exército. É ainda aluno da
academia Ostrog. Em 2015, ingressou no
Regimento Azov em Mariupol.
A partir de 1 de Março de 2022, começou
a documentar a batalha na plataforma de
Azovstal. Até ser capturado, actuou como
chefe do serviço de imprensa do Regimento
Azov, onde documentou as acções militares
contra as forças russas, bem como o
trabalho do hospital de campanha de
Mariupol. Dmytro está
detido pelo exército russo.
As imagens mostram soldados em desespero, com rostos inchados e membros decepados. Uma unidade isolada do mundo,
dentro da siderurgia Azovstal cercada pelo poderoso exército russo. Ao longo de 80 dias, Azovstal tornou-se no fulcro central
da guerra na Ucrânia. O combatente e fotógrafo do Regimento Azov, Dmytro Kozatskyi, postou as únicas imagens conhecidas
de dentro da fábrica durante os combates. Antes de ser capturado, o fotógrafo criou nas redes sociais o link «enquanto estou
em cativeiro» para que as suas fotos pudessem ser descarregadas. «E é tudo. Obrigado. Dos abrigos de Azovstal, o lugar
da minha morte e da minha vida», escreveu. Agora, é prisioneiro de guerra. As suas fotos são o seu legado.
MOSTEIRO DE
SANTA CLARA-A-VELHA
13 SET—14 OUT
TER A DOM E FER
10H00—18H00
15—30 OUT
TER A DOM E FER
9H00—17H00
Ø SEG
VISITA COMENTADA
15 SET 17H00
COM RICARDO LOPES
E LANÇAMENTO DO LIVRO
«INTERIOR»
13 SET—30 OUT
RICARDO LOPES
INTERIOR
INTERIOR
BOLSA ESTAÇÃO IMAGEM 2020—2022 COIMBRA
RICARDO LOPES Nasceu em Lisboa,
em 1990. Descobriu a fotografia
de reportagem em 2016 e aprendeu
a fotografar de forma autodidacta com
uma câmara analógica de 35mm, revelando
e ampliando o seu trabalho num laboratório
improvisado na casa de banho. Em 2017,
estudou Fotojornalismo no Cenjor - Centro
Protocolar de Formação Profissional para
Jornalistas e, no mesmo ano, começou
a colaborar com o grupo Global Media,
publicando trabalhos nos diários do grupo:
Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
É colaborador do jornal Público e do
Expresso, onde faz a cobertura dos temas
mais variados para a edição diária e
respectivos suplementos semanais dos
jornais.
Nomeado para a Magnum Photos Portfolio
Review e Canon Student Program no Visa
Pour L'Image 2017. Finalista do concurso
LensCulture Portrait Awards 2019.
Vencedor do Prémio Estação Imagem 2019,
na categoria de Retrato, assim
como da Bolsa Estação Imagem em 2020.
Actualmente trabalha como fotógrafo
freelancer.
Cinquenta anos volvidos, a região centro de Portugal continua a debater-se com um fenómeno de despovoamento que atingiu
este território em força a partir da década de 1960.
Este êxodo rural foi impulsionado pela pobreza que se fazia sentir durante a ditadura do Estado Novo, aliada às já difíceis
condições económicas da agricultura de subsistência. Este é um território de micro-propriedade, solos pouco férteis e pouco
propício à mecanização. A sobrevivência das famílias e os rituais sociais estavam intimamente ligados à produção artesanal
de azeite, cereais e queijo.
Em 1974, com a abertura do país à democracia, os modos de vida alteraram-se. Os jovens que não foram levados pela
emigração para o centro da Europa movimentaram-se em direcção ao litoral industrializado e aí se estabeleceram em busca
de melhores oportunidades de emprego, educação e acesso a serviços e infra-estruturas.
Hoje, o Interior do país é habitado por uma população envelhecida e dispersa. As tradições rurais e conhecimento popular
estão em iminente risco de desaparecimento. A inviabilidade económica decorrente da fragmentação da propriedade
agrícola e a indiferença dos herdeiros proprietários das terras levou a um crescimento florestal desorganizado que assola o
país com incêndios incontroláveis. Nesta zona em particular, arderam, em 2017, quase 300 mil hectares de floresta, e mais de
100 pessoas morreram nos incêndios florestais em Portugal.
Este é um país à vista de todos, que se perde no esquecimento dos que habitam longe dali. Está camuflado e negligenciado
pelo poder dos pólos habitacionais do litoral. Mas ainda há quem continue a sentir estes locais como uma casa. Estas são as
suas histórias.
Mundialmente, 55% da população vive em áreas urbanas. Prevê-se que a proporção de habitantes em áreas urbanas continue
a aumentar, especialmente em países em desenvolvimento, e que atinja os 68% a nível mundial em 2050, segundo a edição
de 2018 do relatório «Perspectivas de Urbanização Mundial das Nações Unidas».
RICARDO LOPES JUNHO de 2022
SALA SÁ DA BANDEIRA
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
11H00
Entrada livre até ao limite
de lugares sentados da sala
14—16 SET
AULA ABERTA DE FOTOJORNALISMO
JOÃO SILVA
«ACTUAR APESAR DO MEDO»
«ACTUAR APESAR DO MEDO»
Fotógrafo do The New York Times e membro do célebre The Bang Bang Club, grupo de quatro jovens fotógrafos que reportou
os últimos e sangrentos dias do apartheid. Juntos fizeram a cobertura da violência que assolou as cidades segregadas para negros
na África do Sul.
João Silva começou a fotografar em 1989 e a partir de 1990 tornou-se freelancer para o Johannesburg Herald. Em 1992 foi
contratado pelo jornal The Star (Joanesburgo) e em 1994 juntou-se à The Associated Press. Em 1996 começou a trabalhar para
o The New York Times, tornando-se jornalista freelancer do jornal para a África Austral e como fotógrafo contratado a partir de
2000. Autor do livro The Bang-Bang Club: Snapshots from a Hidden War (2000), com o fotógrafo Greg Marinovich: «Até onde se
pode ir para obter uma boa imagem? Uma foto vale uma vida? Bang-Bang Club é um retrato vivo e extremamente pessoal sobre
a guerra e o fotojornalismo, escrito por dois homens cuja vida e trabalho testemunham até onde um jornalista está disposto a ir
para contar a verdade.» Em 2005, publica o livro In the Company of God, sobre o Shi'a iraquiano durante a ocupação americana.
Além da África do Sul, trabalhou, nomeadamente, no Afeganistão, Angola, Brasil, Balcãs, Geórgia, Israel, Iraque, Paquistão,
Somália e Sudão. Em 1992 ganhou o Prémio South African Press Photographer of the Year e foi seleccionado para
o Joop Swart World Press Photo Masterclass, em 1995. Ganhou igualmente vários prémios de fotografia, entre os quais o World
Press Photo e o Overseas Press Club of America. Em Outubro de 2010, ficou gravemente ferido num acidente com uma mina
antipessoal no sul do Afeganistão. Devido à gravidade dos ferimentos, o fotógrafo teve as pernas amputadas. Continuou a
fotografar, mesmo ferido. No final de Julho de 2011 - após passar por um longo processo de readaptação motora com próteses
- voltou a trabalhar como fotojornalista. Durante a sua recuperação num hospital militar norte-americano, foi agraciado com o
título de Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres pelo governo francês. A 15 de Março de 2012 recebeu do governo português a
Ordem da Liberdade, destinada a homenagear serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização. No mesmo ano
foi ainda agraciado com o título Doutor Honoris Causa em Fine Arts pela Corcoran School of Arts and Design em Washington DC,
EUA. Nasceu em Lisboa em 1966 e vive com a sua família em Joanesburgo, África do Sul.
AUDITÓRIO
MOSTEIRO DE
SANTA CLARA-A-VELHA
SESSÕES CONTÍNUAS
A PARTIR DAS 10H30
13—17 SET
DOCS FIKE 2021
© DR
MELHOR CURTA METRAGEM PORTUGUESA
O QUE NÃO SE VÊ
Realizado por PAULO ABREU
Portugal, DOC, 2020, 24'
Documentário filmado em duas ilhas dos Açores - Pico e Faial - entre 2015 e 2016. A ideia deste projecto surgiu por acaso. Regressando ao local de filmagens de um projecto anterior, cancelado muito antes, descobriu-se um filme escondido. O poder da natureza e o papel da sorte no processo criativo constroem uma narrativa sobre a vida, a amizade, o cinema e a influência do inesperado no processo criativo.
LEGENDADO EM INGLÊS
© DR
PRÉMIO JOVENS TALENTOS
CARAPAU DE ESPINHO
Realizado por ANDRÉ ROSEIRA
Portugal, DOC, 2021, 28'
Na cidade litoral de Espinho, uma pequena comunidade piscatória aposta diariamente contra o mar, contra todas as probabilidades. O seu lar é o bairro, «o distrito», um mundo paralelo onde a moeda ainda é o escudo e uma forma ancestral de pesca chamada «Arte Xávega» se mantém viva ao amanhecer, quando pequenos barcos de madeira se aventuram nas frias águas do Atlântico.
LEGENDADO EM INGLÊS
© DR
MELHOR DOCUMENTÁRIO JÚRI ESTAÇÃO IMAGEM
SON OF THE STREETS
Realizado por MOHAMMED ALMUGHANNI
Polónia / Líbano, DOC, 2020, 34'
Khodor (13 anos) é uma criança cuja família tenta arranjar-lhe um documento de identificação que prove a sua existência e que lhe dê direito a educação, cuidados de saúde e movimentação para fora do campo de refugiados palestiniano de Shatila, em Beirute, Líbano. Ao longo do processo, muitos dos velhos segredos da família são revelados.
LEGENDADO EM PORTUGUÊS E INGLÊS
CERIMÓNIA DE ENTREGA DOS PRÉMIOS
17 SET / SÁB / 11H
TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
17 SET / SÁB / 11H
TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
CONFERÊNCIA COM JAMES NACHTWEY, MSTYSLAV CHERNOV E DANIEL BEREHULAK
O QUE É HOJE O FOTOJORNALISMO NA UCRÂNIA? MODERADA POR NICOLAU SANTOS
17 SET / SÁB / 17H30
TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
O QUE É HOJE O FOTOJORNALISMO NA UCRÂNIA? MODERADA POR NICOLAU SANTOS
17 SET / SÁB / 17H30
TEATRO DA CERCA DE SÃO BERNARDO
MEMBROS DO JÚRI
PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2022 COIMBRA
PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2022 COIMBRA
© DR
DAVID
FURST PRESIDENTE DO JÚRI
Pai e curador visual sedeado em Paris.
Iniciou a sua carreira como fotojornalista em 2001 e passou quase uma década a documentar conflitos sociais e políticos no Médio Oriente. Em 2010, tornou-se Editor de Fotografia Internacional do The New York Times, onde, durante 11 anos, dirigiu e reforçou o foco na fotografia internacional desta publicação, foco esse reconhecido com vários prémios. Entre eles, o prémio Pulitzer de Fotografia por quatro anos consecutivos, o prémio de Fotografia do Ano do World Press Photo, ou ainda o Pictures of the Year International e o Visa d'Or. Enquanto curador visual, Furst acredita na importância de juntar abordagens multidisciplinares que potenciem a ligação e a empatia das pessoas com cada história contada.
© DR
NEWSHA
TAVAKOLIAN
Fotógrafa e membro da Magnum Photos.
Iniciou a sua carreira aos 16 anos na imprensa iraniana com reportagens de guerra no Iraque. Com a sua lente, Tavakolian explora as dinâmicas sociais e os conflitos humanos do Irão, o seu país natal, e noutros lugares, próximos e longínquos. Tavakolian fotografou as mulheres dos exércitos de guerrilha no Curdistão iraquiano, na Síria, e na Colômbia, as cantoras proibidas do Irão, e a vida das pessoas sob sanções económicas. Foi quinta laureada do prémio de fotojornalismo de Carmignac Gestion 2014 e primeira laureada do prémio Prince Claus 2015. O trabalho de Tavakolian conquistou lugar em colecções privadas de instituições internacionais, tais como o Victoria & Albert Museum, o Los Angeles County Museum of Art (LACMA), British Museum, Sackler Gallery e o Boston Museum of Fine Art, entre outros.
© DR
DANIEL
BEREHULAK
Fotojornalista premiado e residente na Cidade do México.
Nascido no seio de uma família de refugiados ucranianos, Berehulak cresceu numa quinta nos arredores de Sydney, na Austrália. Em 2002, começou a trabalhar como freelancer para a Getty Images em Sydney, cobrindo sobretudo eventos desportivos. Esteve em mais de 60 países para cobrir alguns dos momentos fulcrais da história recente, tais como a guerra no Iraque, o julgamento de Saddam Hussein, as eleições na Índia e no Afeganistão, e o regresso de Benazir Bhutto ao Paquistão. Documentou também os difíceis rescaldos do grande tsunami no Japão e do desastre de Chernobyl. O seu trabalho tem sido amplamente reconhecido, contando já com dois prémios Pulitzer, seis prémios World Press Photo, dois prémios de Fotografia do Ano pela Pictures of the Year International, bem como os prestigiados prémios John Faber, Olivier Rebbot e Feature Photography pelo Overseas Press Club. Colabora regularmente com o The New York Times e é membro da agência MAPS.
COIMBRA
ficha técnica
Direcção
Luís Vasconcelos
Coordenação
Luís Vasconcelos e Susana Cruz
Design [comunicação e exposições]
Susana Cruz
Website
Paulo Cruz
Edição de textos
José Augusto Moreira
Fotografia
Luís Barra
APOIO À PRODUÇÃO
MARTA MOREIRA
HENRIQUE MALHA
Vídeo
Abel Rosa
Tradução
Vera Baeta
Revisão
Susana Baeta
Banda sonora do prémio e Instagram
Henrique Malha
Pós-produção das fotografias
José Francisco
Impressão [catálogo]
Norprint – A casa do livro
Impressão [fotografias das exposições]
Pedro Leite
Outras impressões
Imprevistas