EXPOSIÇÕES ESTAÇÃO IMAGEM
2021 COIMBRA
ENTRADA LIVRE
\ 29 MAI—24 JUL
CERIMÓNIA DE ENTREGA DOS PRÉMIOS
12 JUN / SÁB / 16H
ANTIGA IGREJA DO CONVENTO SãO FRANCISCO
12 JUN / SÁB / 16H
ANTIGA IGREJA DO CONVENTO SãO FRANCISCO
Nota:
Excepcionalmente, o júri fará a deliberação do PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2021 COIMBRA à distância, usando uma plataforma electrónica desenvolvida pela ESTAÇÃO IMAGEM.
A lotação da Antiga Igreja do Convento São Francisco está sujeita à limitação de lugares imposta pelas autoridades de saúde.
O vencedor da BOLSA ESTAÇÃO IMAGEM 2021 COIMBRA acumulará o prémio com um vale no valor de 600€ para a compra de material fotográfico, e o vencedor da FOTOGRAFIA DO ANO receberá também um vale no valor de 400€, ambos oferecidos pela Fujifilm.
O acesso às aulas é feito através dos links disponíveis neste site, Instagram ou Facebook da Estação Imagem.
Basta clicar e assistir no dia e hora programados.
Basta clicar e assistir no dia e hora programados.
8—11 JUN
AULAS ABERTAS
EM DIRECTO VIA ZOOM
EM DIRECTO VIA ZOOM
© DR
FABIO
BUCCIARELLI
O PAPEL DO FOTOJORNALISMO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Fotógrafo, jornalista e escritor. Prémio Medalha de Ouro Robert Capa, World Press Photo, Best of Photojournalism e Fotógrafo do Ano 2019 pelo POYi.
8 JUN 11H30
LINK ZOOM
© DR
MAGNUS
WENNMAN
DESCOBRIR NOVAS FORMAS DE CONTAR HISTÓRIAS
Cinco vezes premiado como Fotojornalista do Ano, ganhou mais de 70 prémios, incluindo seis prémios World Press Photo em diferentes categorias.
8 JUN 14H00
LINK ZOOM
© JOEL SAGET
PIERRE
FERNANDEZ
O FUTURO É VISUAL
Gestor operacional de Conteúdos Multimédia da Agence France- Presse (AFP).
9 JUN 11H00
LINK ZOOM
© DR
THOMAS
BORBERG
GANHAR INSPIRAÇÃO. 10 DICAS PARA O PROCESSO DE EDIÇÃO
Editor-chefe de fotografia do Politiken, da Dinamarca. Jurado do World Press Photo e professor de fotojornalismo na Escola Dinamarquesa de Fotojornalismo.
Photo Editor-in-Chief, Politiken, Denmark. World Press Photo jury member and teacher of photojournalism at the Danish School of Photojournalism.
10 JUN 15H00
LINK ZOOM
© MUHAMMED MUHEISEN
MUHAMMED
MUHEISEN
FAZER A DIFERENÇA
Fotógrafo da National Geographic e duplo vencedor do Prémio Pulitzer.
11 JUN 11H00
LINK ZOOM
© FRANÇOIS VENTER
JODIE
BIEBER
ENTRE A ESCURIDÃO E A LUZ. ENCONTRAR A TUA VOZ FOTOGRÁFICA
Fotojornalista vencedora de vários prémios internacionais, incluindo o Premier Award do World Press Photo em 2010.
11 JUN 15H00
LINK ZOOM
EXPOSIÇÕES
SALA DA CIDADE
CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA
TER A SÁB
13H00—18H00
Ø DOM, SEG E FER
29 MAI—10 JUL
FABIO BUCCIARELLI
QUANDO TUDO MUDOU
QUANDO TUDO MUDOU
EXPOSIÇÃO PATROCINADA PELA FUNDAÇÃO JOANA VASCONCELOS
FABIO BUCCIARELLI Fotógrafo, jornalista e escritor, conhecido pelas suas reportagens focadas nos conflitos e nas consequências humanitárias da guerra. Ao longo da passada década, cobriu os acontecimentos mais marcantes dos últimos tempos através de imagens que reflectem o seu compromisso e empatia com a história, com informação centrada nos direitos humanos. Em 2013, a sua cobertura da Guerra da Síria foi reconhecida com o prémio Medalha
de Ouro Robert Capa. Bucciarelli recebeu outros prémios, tais como o World Press Photo, Lucie Impact Award, VISA d’Or News of Perpignan, Prix Bayeux-Calvados para Correspondentes de Guerra, Yannis Behrakis Award, Best of Photojournalism, Getty Images Editorial Grant, entre outros prémios e nomeações. Em 2019, foi nomeado Fotógrafo do Ano pela Pictures of the Year International.
Em simultâneo com os seus projectos pessoais, Bucciarelli colabora frequentemente com o The New York Times, para o qual cobriu, de forma extensiva, a pandemia covid-19 desde o seu epicentro em Itália. Trabalhou, ao longo da sua carreira, para inúmeras publicações. O trabalho de Bucciarelli integra várias colecções, e as suas fotografias foram exibidas em museus e galerias um pouco por todo o mundo, em especial e mais frequentemente em feiras internacionais de arte. Paralelamente aos projectos enquanto fotógrafo, escreve para jornais e revistas, locais e internacionais,
e escreveu também um livro sobre o conflito na Líbia. Mais recentemente, tem trabalhado como curador e director artístico.
«A COVID-19 MUDOU NÃO APENAS AS NOSSAS VIDAS MAS TAMBÉM O MUNDO TAL COMO O CONHECÍAMOS. DESDE O INÍCIO DE 2020, VOLTEI MUITAS VEZES AO EPICENTRO DA PANDEMIA NA EUROPA COM O OBJECTIVO DE CRIAR UM CORPO DE TRABALHO COM UTILIDADE PARA A NOSSA CONSCIÊNCIA COLECTIVA, MAS QUE TAMBÉM PUDESSE PERDURAR COMO UMA MEMÓRIA ICONOGRÁFICA DO NOSSO TEMPO.»
FABIO BUCCIARELLI
Enquanto o coronavírus devastava o Norte de Itália, Fabio Bucciarelli ganhou acesso exclusivo aos trabalhadores da Cruz Vermelha que iam de porta em porta nos arredores de Bergamo, a região de Itália mais atingida pela epidemia. Estas equipas da Cruz Vermelha visitavam os infectados e estavam encarregadas de levar os casos mais graves para o hospital. Esta foi uma visão devastadoramente íntima da maneira como o coronavírus estava a separar as famílias numa das regiões do país de maior coesão familiar. Dentro de um fato de protecção, equipado de óculos, luvas e respirador, Bucciarelli viajou com o pessoal médico numa ambulância e entrou com eles nos quartos, salas e cozinhas das famílias devastadas pelo vírus. Os ambientes simples que ele encontrou contradiziam o significado que Bergamo tinha adquirido: passara a ser identificado como o epicentro mundial da epidemia do coronavírus. quando as crianças se despediam das mães, pais ou avós que se viam atados e içados em carrinhos e levados embora, ninguém sabia se seria o adeus derradeiro. Porém, o trabalho íntimo de Bucciarelli não terminou à porta daquelas casas. Ele visitou as enfermarias sobrelotadas nas unidades de cuidados intensivos e os corredores dos hospitais repletos de doentes com covid-19. A sua ligação com as famílias foi bastante intensa, ao ponto de, nos casos mais trágicos, ter sido autorizado a acompanhá-las aos cemitérios nos poucos mas marcantes funerais então permitidos, aos quais apenas os parentes mais próximos podiam comparecer. Bucciarelli esteve com eles.
© FABIO BUCCIARELLI PARA O THE NEW YORK TIMES
Enquanto o coronavírus devastava o Norte de Itália, Fabio Bucciarelli ganhou acesso exclusivo aos trabalhadores da Cruz Vermelha que iam de porta em porta nos arredores de Bergamo, a região de Itália mais atingida pela epidemia. Estas equipas da Cruz Vermelha visitavam os infectados e estavam encarregadas de levar os casos mais graves para o hospital. Esta foi uma visão devastadoramente íntima da maneira como o coronavírus estava a separar as famílias numa das regiões do país de maior coesão familiar. Dentro de um fato de protecção, equipado de óculos, luvas e respirador, Bucciarelli viajou com o pessoal médico numa ambulância e entrou com eles nos quartos, salas e cozinhas das famílias devastadas pelo vírus. Os ambientes simples que ele encontrou contradiziam o significado que Bergamo tinha adquirido: passara a ser identificado como o epicentro mundial da epidemia do coronavírus. quando as crianças se despediam das mães, pais ou avós que se viam atados e içados em carrinhos e levados embora, ninguém sabia se seria o adeus derradeiro. Porém, o trabalho íntimo de Bucciarelli não terminou à porta daquelas casas. Ele visitou as enfermarias sobrelotadas nas unidades de cuidados intensivos e os corredores dos hospitais repletos de doentes com covid-19. A sua ligação com as famílias foi bastante intensa, ao ponto de, nos casos mais trágicos, ter sido autorizado a acompanhá-las aos cemitérios nos poucos mas marcantes funerais então permitidos, aos quais apenas os parentes mais próximos podiam comparecer. Bucciarelli esteve com eles.
© FABIO BUCCIARELLI PARA O THE NEW YORK TIMES
CENTRO CULTURAL
PENEDO DA SAUDADE
TER A DOM 14H00—20H00
Ø SEG
29 MAI—31 JUL
AFP
TESTE À DEMOCRACIA AMERICANA
TESTE À DEMOCRACIA AMERICANA
EXPOSIÇÃO PRODUZIDA COM O APOIO DA AGENCE FRANCE-PRESSE [AFP]
A divisão política dos EUA não é novidade, porém, ficou debaixo de um intenso foco, nunca antes visto, na sequência de uma série de protestos violentos ao longo dos 12 meses mais turbulentos da história daquele país.
Milícias da extrema-direita, empunhando espingardas carregadas, protestam contra os confinamentos resultantes da pandemia do coronavírus; uma multidão de activistas do Black Lives Matter nas ruas na sequência da morte de George Floyd; apoiantes de Donald Trump invadem o Capitólio após a derrota eleitoral do presidente.
Os motivos podiam ser diferentes, mas a raiva e o sentimento de injustiça fervilhavam igualmente em todos os momentos. Embora o direito de posse de arma esteja consignado na constituição, não deixa de ser chocante a visão de homens armados a gritar na cara dos polícias que guardavam a assembleia do estado do Michigan, num dia de Abril de 2020. A governadora local, Gretchen Whitmer, viria a ser alvo de uma tentativa falhada de rapto por elementos da extrema-direita, como um acto de vingança pelas medidas de confinamento impostas.
As restrições aos ajuntamentos públicos não conseguiram impedir milhões de pessoas de sair à rua durante o Verão, em protesto contra a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, asfixiado até à morte sob o peso do joelho de um polícia branco na cidade de Minneapolis. Alguns do protestos mais dramáticos tiveram lugar em Washington DC, no dia 1 de Junho, quando a polícia dispersou uma multidão pacífica com gás pimenta e gás lacrimogéneo, na mesma altura que o presidente Donald Trump visitava uma igreja nas redondezas.
Por sua vez, os polícias viram-se isolados perante uma multidão no outro extremo da Constitution Avenue, no dia 6 de Janeiro de 2021. Nesse mesmo dia, apoiantes de Trump invadiam o Capitólio ao regressarem de uma manifestação onde o presidente terá dito aos manifestantes que Joe Biden lhe tinha «roubado» o poder na eleição presidencial de Novembro. Enquanto a poeira assenta, a exposição TESTE À DEMOCRACIA AMERICANA, com imagens que os fotógrafos da AFP recolheram pelos EUA, é uma oportunidade de reflexão sobre como o país mais poderoso do mundo pode, também ele, vergar-se sob a pressão de divisões internas. CHRISTIAN OTTON | AFP
As restrições aos ajuntamentos públicos não conseguiram impedir milhões de pessoas de sair à rua durante o Verão, em protesto contra a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, asfixiado até à morte sob o peso do joelho de um polícia branco na cidade de Minneapolis. Alguns do protestos mais dramáticos tiveram lugar em Washington DC, no dia 1 de Junho, quando a polícia dispersou uma multidão pacífica com gás pimenta e gás lacrimogéneo, na mesma altura que o presidente Donald Trump visitava uma igreja nas redondezas.
Por sua vez, os polícias viram-se isolados perante uma multidão no outro extremo da Constitution Avenue, no dia 6 de Janeiro de 2021. Nesse mesmo dia, apoiantes de Trump invadiam o Capitólio ao regressarem de uma manifestação onde o presidente terá dito aos manifestantes que Joe Biden lhe tinha «roubado» o poder na eleição presidencial de Novembro. Enquanto a poeira assenta, a exposição TESTE À DEMOCRACIA AMERICANA, com imagens que os fotógrafos da AFP recolheram pelos EUA, é uma oportunidade de reflexão sobre como o país mais poderoso do mundo pode, também ele, vergar-se sob a pressão de divisões internas. CHRISTIAN OTTON | AFP
MOSTEIRO DE
SANTA CLARA-A-VELHA
TER A DOM E FER
10H00—18H00
Ø SEG
29 MAI—25 JUL
WILLIAM DANIELS
TÚLIPAS DESVANECIDAS
TÚLIPAS DESVANECIDAS
WILLIAM DANIELS é um fotógrafo francês. Em 2007, ganhou a bolsa Jovem Fotógrafo da Fundação Lagardère para realizar um projecto pessoal na jovem e vulnerável República do quirguistão. O resultado foi exibido na galeria Fait Et Cause, em Paris,
e publicado em edição do autor com o título Faded Tulips (2012). Além dos seus projectos pessoais, William Daniels colabora como fotojornalista para as revistas National Geographic, National Geographic society e Time. O seu trabalho recebeu vários prémios internacionais, incluindo dois prémios World Press Photo, um Visa d’Or Perpignan e a bolsa Tim Hetherington.
UMA VIAGEM PELA FRÁGIL DEMOCRACIA PÓS-SOVIÉTICA DO QUIRGUISTÃO. 2007-2010
Lembro-me de ter visto imagens do quirguistão pela primeira vez na televisão em Março de 2005. Cenas de homens de aparência asiática, empolgados e a correr em direção a um imponente edifício do Estado, notoriamente de arquitectura soviética. Os homens entraram no edifício, vandalizando e pilhando tudo o que encontravam. Em seguida, no telhado, uma cena de homens empunhando orgulhosamente uma bandeira. Este acontecimento foi chamado de «Revolução das Túlipas». Lia-se na imprensa que o povo quirguiz, motivado pela injustiça social, acabava de derrubar o regime autoritário e corrupto do presidente Askar Akayev e que este havia sido substituído por Kurmanbek Bakiyev. Alguns anos depois, quando este pequeno país já não estava no centro das atenções e parecia esquecido para a imprensa internacional, visitei o quirguistão pela primeira vez. Com o auxílio de uma bolsa para jovens fotógrafos, propus-me a descobrir o que a «Revolução» das Túlipas, que, segundo a imprensa ocidental, abrira o caminho para a transição democrática no país, havia realmente alcançado. Esta suposta revolução parecia não ter sido mais do que uma tomada de poder. As eleições foram uma fraude; a imprensa censurada, talvez até mais do que antes; oponentes políticos foram presos. O quirguistão foi considerado um dos 15 países mais corruptos do mundo. Hoje fala-se da Revolução das Túlipas como um golpe de Estado disfarçado de revolução popular. Continuei a visitar o país em várias viagens. Fui confrontado com a crescente instabilidade que levaria, por fim, aos tumultos sangrentos de Abril de 2010. Foi uma nova revolução, talvez um pouco mais autêntica desta vez. O nepotista Bakyiev foi deposto e encontrou asilo na Bielorrússia, como fizera Akayev cinco anos antes. Seguiu-se um período de grande agitação durante o qual a maior cidade do Sul, Osh, se transformava no palco dos chamados pogroms étnicos anti-uzbeques.
Alguns argumentavam que o que o jovem país estava a passar era ainda a dolorosa aprendizagem da independência. WD
Lembro-me de ter visto imagens do quirguistão pela primeira vez na televisão em Março de 2005. Cenas de homens de aparência asiática, empolgados e a correr em direção a um imponente edifício do Estado, notoriamente de arquitectura soviética. Os homens entraram no edifício, vandalizando e pilhando tudo o que encontravam. Em seguida, no telhado, uma cena de homens empunhando orgulhosamente uma bandeira. Este acontecimento foi chamado de «Revolução das Túlipas». Lia-se na imprensa que o povo quirguiz, motivado pela injustiça social, acabava de derrubar o regime autoritário e corrupto do presidente Askar Akayev e que este havia sido substituído por Kurmanbek Bakiyev. Alguns anos depois, quando este pequeno país já não estava no centro das atenções e parecia esquecido para a imprensa internacional, visitei o quirguistão pela primeira vez. Com o auxílio de uma bolsa para jovens fotógrafos, propus-me a descobrir o que a «Revolução» das Túlipas, que, segundo a imprensa ocidental, abrira o caminho para a transição democrática no país, havia realmente alcançado. Esta suposta revolução parecia não ter sido mais do que uma tomada de poder. As eleições foram uma fraude; a imprensa censurada, talvez até mais do que antes; oponentes políticos foram presos. O quirguistão foi considerado um dos 15 países mais corruptos do mundo. Hoje fala-se da Revolução das Túlipas como um golpe de Estado disfarçado de revolução popular. Continuei a visitar o país em várias viagens. Fui confrontado com a crescente instabilidade que levaria, por fim, aos tumultos sangrentos de Abril de 2010. Foi uma nova revolução, talvez um pouco mais autêntica desta vez. O nepotista Bakyiev foi deposto e encontrou asilo na Bielorrússia, como fizera Akayev cinco anos antes. Seguiu-se um período de grande agitação durante o qual a maior cidade do Sul, Osh, se transformava no palco dos chamados pogroms étnicos anti-uzbeques.
Alguns argumentavam que o que o jovem país estava a passar era ainda a dolorosa aprendizagem da independência. WD
EDIFÍCIO CHIADO
TER A SEX 10H00—18H00
SÁB E DOM 10H00—13H00 / 14H00—18H00
Ø SEG E FER
29 MAI—25 JUL
MUHAMMED MUHEISEN
VOZES
VOZES
EXPOSIÇÃO PRODUZIDA COM O APOIO DA CANON PORTUGAL
MUHAMMED MUHEISEN é um fotógrafo
de renome mundial e vencedor do Prémio Pulitzer por duas vezes. Fotógrafo da National Geographic, é também fundador
e presidente da organização holandesa
sem fins lucrativos Everyday Refugees Foundation, Embaixador Global do Conselho de Turismo da Jordânia, da Royal Jordanian Airlines e da Canon. Foi nomeado em 2013 pela revista Time como o melhor fotógrafo de agência noticiosa. Desde 2001, tem documentado os mais importantes fenómenos sociais por todo o mundo, desde a Ásia, Europa, Médio Oriente,
África e EUA. Há mais de uma década que desenvolve reportagens sobre a crise dos refugiados em diferentes partes do mundo.
«Ninguém sai de sua casa a menos que seja obrigado, é o que tento mostrar nas minhas imagens.» Há tantas histórias que nunca foram contadas e tantas vozes que nunca foram ouvidas. é minha responsabilidade, enquanto fotojornalista, encontrar essas histórias não contadas, documentá-las e partilhá-las com o mundo. Se algo aconteceu e nunca foi documentado, é como se nunca tivesse acontecido. Levo já mais de década e meia da minha vida nesta procura. quando conto as histórias destas pessoas, estou também, de certa forma, a contar a história da minha vida. Elas fazem parte da minha vida, assim como eu faço parte da vida delas. Há mais de uma década que tenho vindo a documentar a crise dos refugiados em diferentes partes do mundo, o seu quotidiano e os desafios que os refugiados e os deslocados internos enfrentam. Mostro como por
trás das palavras «refugiado» ou «pessoa deslocada internamente» existem pessoas que foram forçadas a deixar as suas casas e as suas esperanças, memórias e famílias, em busca de um lar seguro. Com estas fotografias, pretendo mais do que tudo mudar estereótipos e dar voz às pessoas que fotografo. Nunca é apenas uma imagem, é uma voz, é um testemunho. é uma mensagem de uma criança ou um adulto de uma qualquer parte do mundo para uma outra parte do mundo, que vive para sempre. O meu foco são as crianças, pois, pessoalmente, acredito que elas são as verdadeiras vítimas dos conflitos, elas não podem escolher onde nascem ou as circunstâncias que as rodeiam. As crianças, no mundo inteiro, procuram as mesmas coisas, procuram diversão, procuram alegria e procuram felicidade – não importa onde estejam. Ao retratar cada criança,
em vez de serem chamados de «menino e menina refugiados afegãos ou sírios», eles serão chamados e lembrados pelos
seus nomes e idades, pelas suas esperanças e sonhos individuais. Eu não estou apenas ali de passagem para tirar fotos, eu dispendo tempo, invisto e espero fazer a diferença, pequena ou grande – há que começar por algum lado. Não é uma corrida de cem metros; é uma maratona. Ao longo desta década, aprendi muitas lições com os jovens, os mais afectados pelos conflitos. Ensinaram-me a sentir-me afortunado e abençoado, a apreciar o facto de estar seguro e saudável. Testemunhei a esperança através dos olhos deles, e esperança é tudo o que têm. VOZES é uma selecção de imagens, captadas ao longo de mais de uma década, que documenta o quotidiano e os desafios que os refugiados e as pessoas deslocadas internamente enfrentam em diferentes partes do mundo. Mostra os seus périplos em busca de um novo lar seguro e o seu estabelecimento em novos ambientes. Imagens captadas no Paquistão, Afeganistão, Grécia, Hungria, Croácia, Sérvia e Jordânia.
MM
GALERIA DA CASA-MUSEU
BISSAYA BARRETO
TER A SEX
11H00—13H00 / 15H00—18H00
SÁB 15H00—18H00
Ø DOM, SEG E FER
Exibição do documentário
OS DESENHOS DE FATIMA
realizado por Magnus Wennman/5’35’’.
Uma criança refugiada síria conta a sua angustiante jornada desde a cidade de Idlib, na Síria, até à Suécia. O documentário é um retrato delicado e profundamente comovente das dificuldades enfrentadas pelos refugiados, através dos desenhos de uma criança.
Filme vencedor do prémio Melhor História da Notícia Digital no Festival de Fotojornalismo Visa Pour L’Image 2016 e do Prémio World Press Photo para Curtas- metragens.
OS DESENHOS DE FATIMA
realizado por Magnus Wennman/5’35’’.
Uma criança refugiada síria conta a sua angustiante jornada desde a cidade de Idlib, na Síria, até à Suécia. O documentário é um retrato delicado e profundamente comovente das dificuldades enfrentadas pelos refugiados, através dos desenhos de uma criança.
Filme vencedor do prémio Melhor História da Notícia Digital no Festival de Fotojornalismo Visa Pour L’Image 2016 e do Prémio World Press Photo para Curtas- metragens.
29 MAI—24 JUL
MAGNUS WENNMAN
ONDE DORMEM AS CRIANÇAS
ONDE DORMEM AS CRIANÇAS
MAGNUS WENNMAN Nascido na Suécia em 1979, tem trabalhado como fotojornalista desde os 17 anos, tendo iniciado a carreira no DalaDemokraten, um jornal local
sueco. Magnus trabalhou já em mais de
80 países, cobrindo uma variedade de acontecimentos, desde as eleições nos EUA, à crise dos refugiados em África, no Médio Oriente e na Europa. Cinco vezes premiado como Fotojornalista do Ano, ganhou mais de 70 prémios, incluindo seis prémios World Press Photo em diferentes categorias. Foi nomeado pela Cruz Vermelha Internacional como Jornalista do Ano 2017. Actualmente, o seu reconhecimento consolida-se não só como fotojornalista mas também como realizador.
Wennman conta também com inúmeras exposições, sendo que a mais recente, sob o título Where the children sleep, passou já por 17 países. Esteve exposta no edifício do Capitólio em Washington DC e no edifício da sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Em 2018, foi nomeado Fotógrafo de Jornal do Ano pela POYI (Picture of the Year Internacional) e teve um dos seus trabalhos publicado como tema de capa da National Geographic magazine pela primeira
vez.
Uma tem saudades da sua cama. Outra, da boneca de olhos escuros. Uma terceira sonha com um tempo passado quando a almofada não era um inimigo. A guerra na Síria dura há já nove anos. O ano de 2016 foi o pior para as crianças. Pelo menos 652 crianças morreram, e mais de dois milhões tornaram-se deslocadas de guerra dentro e fora do país. Foram obrigadas a deixar os amigos, as suas casas e as suas camas. Algumas destas crianças foram convidadas a mostrar-nos onde dormem agora, quando tudo o que antes havia já não existe mais.
MW
CAFÉ
TEATRO ACADÉMICO
DE GIL VICENTE
SEG A SÁB
14H00—22H30
Ø DOM
29 MAI—24 JUL
FELIPE DANA
MORTE E NEGAÇãO NA AMAZóNIA
MORTE E NEGAÇãO NA AMAZóNIA
EXPOSIÇÃO PRODUZIDA COM O APOIO DA ASSOCIATED PRESS [AP]
FELIPE DANA nasceu no Rio de Janeiro
em 1985. Em 2009, juntou-se à Associated Press, decidido a dedicar-se em exclusivo
ao fotojornalismo, focando-se na altura no tumulto social que se fazia sentir na sua cidade natal durante os preparativos para
o Campeonato do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Dana documentou também a violência urbana na América Latina, a epidemia do Zika, a crise dos migrantes na Europa e em África, e os conflitos armados no Médio Oriente.
O seu trabalho recebeu vários prémios, incluindo, entre outros, os prémios World Press Photo, POYi – Pictures of the Year International e Batam, OPC – Overseas Press Club, NPPA – National Press Photographers Association, CHIPP – China International Photo Competition, e o Atlanta Photojournalism. Felipe Dana fez também parte das equipas finalistas da Associated Press nomeadas para os prémios Pulitzer de 2017, 2018 e 2019.
Manaus, a capital da Amazónia, é uma das cidades do Brasil mais atingidas pela pandemia. Segundo registos oficiais, o Brasil perdeu já mais de 400 000 vidas devido ao novo coronavírus. No entanto, na falta de provas em contrário, muitas famílias têm negado que a doença da covid-19 tenha efectivamente causado a morte dos seus entes queridos. Isto significa que o número oficial de mortos é provavelmente uma subcontagem muito considerável.
Enquanto as ambulâncias circulam por Manaus com as sirenes a tocar e as retroescavadoras abrem novas filas de sepulturas, o ar abafado desta cidade nas margens do imponente rio Amazonas parece ter ficado ainda mais denso do que o normal com este tipo de negação generalizada. Em Abril e Maio de 2020, Manaus contabilizou quase o triplo do número normal de mortos.
Médicos e psicólogos atribuem a negação entre os grupos maioritários da população a uma mistura de desinformação, baixa escolaridade, testes insuficientes e mensagens contraditórias da liderança política. O principal dos cépticos é o presidente da nação, Jair Bolsonaro, que repetidamente chamou a covid-19 de «pequena gripe» e argumentou que a preocupação com o vírus era exagerada. Porém, em Julho, o presidente passou a fazer parte das estatísticas, pois encontrou-se também ele entre os milhões de brasileiros infectados com o coronavírus. FELIPE DANA | AP
Médicos e psicólogos atribuem a negação entre os grupos maioritários da população a uma mistura de desinformação, baixa escolaridade, testes insuficientes e mensagens contraditórias da liderança política. O principal dos cépticos é o presidente da nação, Jair Bolsonaro, que repetidamente chamou a covid-19 de «pequena gripe» e argumentou que a preocupação com o vírus era exagerada. Porém, em Julho, o presidente passou a fazer parte das estatísticas, pois encontrou-se também ele entre os milhões de brasileiros infectados com o coronavírus. FELIPE DANA | AP
GALERIA PINHO DINIS
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
SEG A SEX
09H00 — 19H30
SÁB
11H00 — 13H00 / 14H00 — 19H00
Ø DOM E FER
VENCEDORES 2020
JOSÉ SARMENTO MATOS
LEONEL DE CASTRO
ANA BRÍGIDA
RUI DUARTE SILVA
JOÃO PORFÍRIO
SEBASTIÃO ALMEIDA
GONÇALO FONSECA
CARLOS FOLGOSO SUEIRO
ANTÓNIO PEDRO SANTOS
RODRIGO ANTUNES
29 MAI—24 JUL
PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2020 COIMBRA
«Tornar visível os “Invisíveis”, como aqui a história dos “sem luz”, do cego desportista, do despovoamento no centro de Portugal, dos jovens toureiros que sonham com a glória, e os mais de dez indivíduos que ficarão na memória colectiva graças a este encontro e à paixão de todos estes fotógrafos que crêem no que fazem. é sempre um privilégio descobrir e dar a conhecer os futuros talentos.»
PATRICK CHAUVEL
PRESIDENTE DO JÚRI
JULHO 2020
PATRICK CHAUVEL
PRESIDENTE DO JÚRI
JULHO 2020
O fotojornalista José Sarmento Matos é o grande vencedor da 11a edição do PRéMIO ESTAÇãO IMAGEM, que distingue os melhores trabalhos de fotojornalismo. Trata-se de uma reportagem em torno dos dramas de uma família luso-venezuelana na sua migração de regresso a Portugal, com imagens obtidas na Madeira e naquele país do Caribe mergulhado numa profunda crise humanitária.
O anúncio e entrega dos prémios teve lugar a 18 de Julho, em Coimbra, no Convento de São Francisco, numa cerimónia em que participaram a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Carina Gomes, o presidente do júri, Patrick Chauvel, e o director da Estação Imagem, Luís Vasconcelos.
Para Fotografia do Ano, a escolha dos jurados foi para uma foto de Leonel de Castro obtida durante uma reportagem na cidade da Beira, em Moçambique, na sequência da destruição provocada pelo furacão Idai. O fotojornalista da Global Imagens obteve ainda o prémio na categoria Assuntos Contemporâneos e ainda uma menção honrosa na categoria Vida quotidiana, cujo prémio foi atribuído a Gonçalo Fonseca. Nas restantes cinco categorias, o júri internacional premiou os fotojornalistas Rui Duarte Silva/Notícias, Ana Brígida/Artes e Espetáculos, Carlos Folgoso Sueiro/Ambiente, António Pedro Santos/Série de Retratos e Rodrigo Antunes/Desporto. A Bolsa Estação Imagem 2020 Coimbra foi esta ano atribuída ao fotojornalista Ricardo Lopes, que se propõe desenvolver um trabalho sobre as tradições rurais e conhecimento popular no interior do país, que caminham para o desaparecimento com uma população envelhecida e dispersa. é de entre todos as fotoreportagens que se candidataram nas sete diferentes categorias que o júri escolhe o vencedor do PRéMIO ESTAÇãO IMAGEM. Nesta edição foram submetidas a concurso perto de 400 trabalhos, entre reportagens e candidaturas à Fotografia do Ano, com substancial aumento das propostas para a atribuição da Bolsa ESTAÇãO IMAGEM Coimbra.
Obrigado, desta vez, a reunir através das plataformas eletrónicas, o júri desta 11a edição do PRéMIO ESTAÇãO IMAGEM foi presidido por Patrick Chauvel, o mais antigo repórter de guerra em exercício, tendo coberto já mais de 20 conflitos. Brent Stirton (sete prémios World Press Photo, seis prémios Lucie, o Visa d’Or e dois prémios pelas Nações Unidas), Felipe Dana (fotojornalista da The Associated Press e finalista dos Pulitzer 2017, 2018 e 2019), e João Silva (do Bang Bang Club que documentou o fim do apartheid e repórter do The New York Times) completaram o painel de jurados.
DESTAQUE PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2020 COIMBRA JOSÉ SARMENTO MATOS ABANDONANDO A VENEZUELA
Esta é a história de uma família luso-venezuelana e a sua migração de regresso a Portugal. Fugiram de uma Venezuela em profunda crise humanitária, largando entes queridos, vidas inteiras, o sentimento de pertença. Na Venezuela viviam mais de meio milhão de portugueses e luso-descendentes. A vaga de migrantes iniciou-se nos anos 50 e 90 do século passado impulsionada pelo boom petrolífero que proporcionava uma ilusão de prosperidade naquele país do Caribe. A maior parte desta diáspora regressou à ilha da Madeira. A reportagem foi feita na Venezuela e em Portugal, documentando os dois lados da vida da mesma família. JSM
O anúncio e entrega dos prémios teve lugar a 18 de Julho, em Coimbra, no Convento de São Francisco, numa cerimónia em que participaram a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Carina Gomes, o presidente do júri, Patrick Chauvel, e o director da Estação Imagem, Luís Vasconcelos.
Para Fotografia do Ano, a escolha dos jurados foi para uma foto de Leonel de Castro obtida durante uma reportagem na cidade da Beira, em Moçambique, na sequência da destruição provocada pelo furacão Idai. O fotojornalista da Global Imagens obteve ainda o prémio na categoria Assuntos Contemporâneos e ainda uma menção honrosa na categoria Vida quotidiana, cujo prémio foi atribuído a Gonçalo Fonseca. Nas restantes cinco categorias, o júri internacional premiou os fotojornalistas Rui Duarte Silva/Notícias, Ana Brígida/Artes e Espetáculos, Carlos Folgoso Sueiro/Ambiente, António Pedro Santos/Série de Retratos e Rodrigo Antunes/Desporto. A Bolsa Estação Imagem 2020 Coimbra foi esta ano atribuída ao fotojornalista Ricardo Lopes, que se propõe desenvolver um trabalho sobre as tradições rurais e conhecimento popular no interior do país, que caminham para o desaparecimento com uma população envelhecida e dispersa. é de entre todos as fotoreportagens que se candidataram nas sete diferentes categorias que o júri escolhe o vencedor do PRéMIO ESTAÇãO IMAGEM. Nesta edição foram submetidas a concurso perto de 400 trabalhos, entre reportagens e candidaturas à Fotografia do Ano, com substancial aumento das propostas para a atribuição da Bolsa ESTAÇãO IMAGEM Coimbra.
Obrigado, desta vez, a reunir através das plataformas eletrónicas, o júri desta 11a edição do PRéMIO ESTAÇãO IMAGEM foi presidido por Patrick Chauvel, o mais antigo repórter de guerra em exercício, tendo coberto já mais de 20 conflitos. Brent Stirton (sete prémios World Press Photo, seis prémios Lucie, o Visa d’Or e dois prémios pelas Nações Unidas), Felipe Dana (fotojornalista da The Associated Press e finalista dos Pulitzer 2017, 2018 e 2019), e João Silva (do Bang Bang Club que documentou o fim do apartheid e repórter do The New York Times) completaram o painel de jurados.
DESTAQUE PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM 2020 COIMBRA JOSÉ SARMENTO MATOS ABANDONANDO A VENEZUELA
Esta é a história de uma família luso-venezuelana e a sua migração de regresso a Portugal. Fugiram de uma Venezuela em profunda crise humanitária, largando entes queridos, vidas inteiras, o sentimento de pertença. Na Venezuela viviam mais de meio milhão de portugueses e luso-descendentes. A vaga de migrantes iniciou-se nos anos 50 e 90 do século passado impulsionada pelo boom petrolífero que proporcionava uma ilusão de prosperidade naquele país do Caribe. A maior parte desta diáspora regressou à ilha da Madeira. A reportagem foi feita na Venezuela e em Portugal, documentando os dois lados da vida da mesma família. JSM
GALERIA PINHO DINIS
CASA MUNICIPAL DA CULTURA
SEG A SEX
09H00 — 19H30
SÁB
11H00 — 13H00 / 14H00 — 19H00
Ø DOM E FER
29 MAI—24 JUL
MANUEL ROBERTO
SNS – COVID-19: MOBILIZAÇãO GERAL
SNS – COVID-19: MOBILIZAÇãO GERAL
MANUEL ROBERTO Fotojornalista e editor de fotografia no jornal PÚBLICO, cujos quadros integra desde 1994. Nasceu em Moçambique em 1965, tendo iniciado a carreira aos 20 anos na editora escolar
INDE, a par da colaboração permanente no semanário Domingo. Em Portugal, trabalhou antes no Jornal de Notícias e n’o Primeiro de Janeiro.
Prémio Gazeta Multimédia, em 2013, com “Filhos do Vento” – um trabalho sobre a guerra colonial e os filhos deixados pelos ex- combatentes, com Catarina Gomes, Ricardo Rezende, Dinis Correia e Andreia Espadinha – e Prémio Gazeta de Imprensa, em 2014, com o trabalho “A Guerra que Portugal quis esquecer” – com Manuel Carvalho –, uma série de reportagens históricas no Norte de Moçambique sobre o trágico confronto dos militares portugueses com as tropas alemãs durante a I Grande Guerra.
Participou em várias exposições colectivas e expôs individualmente no Cinema São Jorge, em Lisboa, e no Espaço MIRA FORUM Artes Performativas, em Campanhã, no Porto.
Tal como a generalidade do Sistema Nacional de Saúde, o São João, no Porto, transformou-se num hospital covid. Na fase mais aguda do início da pandemia, foi de longe aquele que acolheu o maior número de doentes covid-19 do país, e teve rapidamente de se reinventar para poder responder ao enorme desafio que se colocou ao sistema de saúde em Portugal. Um esforço colectivo e multidisciplinar, onde médicos, especialistas, enfermeiros e todos os outros profissionais esqueceram os papéis tradicionais e se uniram, em equipa, com o objectivo único de procurar resgatar toda a gente das garras de uma doença nova e desconhecida.
Durante meses, a gigantesca unidade transformou-se numa espécie de cenário de ficção apocalíptico. Um ambiente cinematográfico, com doentes em coma induzido, o pessoal abrigado por batas, viseiras, luvas e toucas, máquinas e pacientes ligados por tubos por onde circulava o sangue para alimentar os pulmões em falência.
Um esforço contínuo, 24 sobre 24 horas, no centro do qual estava um pequeno aparelho que aspira o sangue e o oxigena antes de o devolver ao organismo dos pacientes. Gente que parecia entregue à infecção que de repente abalou o mundo, mas que na grande maioria acabou por sobreviver sem sequelas.
Um cenário inesperado que os profissionais tiveram de enfrentar sem aviso prévio ou preparação específica e que rapidamente o Sistema Nacional de Saúde teve de assumir como um novo normal. Pressão a mais? «Nem pensar. Um médico nasceu para isto. Mal de nós se não estivéssemos à altura», resumiu Roberto Roncon, o coordenador de Medicina Intensiva do Hospital de São João. JOSÉ AUGUSTO MOREIRA
Durante meses, a gigantesca unidade transformou-se numa espécie de cenário de ficção apocalíptico. Um ambiente cinematográfico, com doentes em coma induzido, o pessoal abrigado por batas, viseiras, luvas e toucas, máquinas e pacientes ligados por tubos por onde circulava o sangue para alimentar os pulmões em falência.
Um esforço contínuo, 24 sobre 24 horas, no centro do qual estava um pequeno aparelho que aspira o sangue e o oxigena antes de o devolver ao organismo dos pacientes. Gente que parecia entregue à infecção que de repente abalou o mundo, mas que na grande maioria acabou por sobreviver sem sequelas.
Um cenário inesperado que os profissionais tiveram de enfrentar sem aviso prévio ou preparação específica e que rapidamente o Sistema Nacional de Saúde teve de assumir como um novo normal. Pressão a mais? «Nem pensar. Um médico nasceu para isto. Mal de nós se não estivéssemos à altura», resumiu Roberto Roncon, o coordenador de Medicina Intensiva do Hospital de São João. JOSÉ AUGUSTO MOREIRA
EXPOSIÇÕES COIMBRA
ficha técnica
Direcção
Luís Vasconcelos
Coordenação
Luís Vasconcelos e Susana Cruz
Design [comunicação e exposições]
Susana Cruz
Inscrições prémio
José Manuel Ribeiro
Website
Paulo Cruz
Edição de textos
José Augusto Moreira
Fotografia
Luís Barra
Vídeo
Abel Rosa
Tradução
Vera Baeta
Revisão
Susana Baeta
Banda sonora do prémio e Instagram
Henrique Malha
Pós-produção das fotografias
José Francisco
Impressão [catálogo]
Norprint – A casa do livro
Impressão [fotografias das exposições]
Pedro Leite
Outras impressões
Imprevistas